sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Acre - Resex Chico Mendes

" Xapuri do Acre...." ( chá puri do aquiri... ). Cantarolando a música cantada pela Euterpe.

Fui ao Acre, uma rápida viagem de três dias (31/out a 02/11). Menos de 72h.

Viagem a serviço e de reencontro com o prazer do trabalho em comunidade.

Passei a semana anterior anunciando que ia para Filipinas, fazendo meus amigos pensarem em uma viagem ao exterior. Quase foi, Brasiléia o municipio onde se localiza a Resex Chico Mendes e o Seringal Filipinas, fica na fronteira com a Bolivia ( Cobija); mas nem tive tempo de atravessar a ponte!

Desde o mestrado em Viçosa no final dos anos 90, quando minha amiga Nazaré Macedo falava de seu trabalho no Seringal, a Resex  CM estava na minha imaginação, como o lugar mais representativo da luta diária de castanheiros e seringueiros.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Jornalista Científica

Em São José dos Campos (SP) no dia 08 de outubro de 2011, passei a régua numa história que começou assim:

Apresentação para a Banca , almoço no Restaurante Refúgio e curtindo a companhia da amiga Lú e sua linda Lelena
APRESENTAÇÃO
 (texto de apresentação da minha monografia de especialização em Jornalismo Cientifico pela UniVap)

          Quando ingressamos no Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará, no longínquo ano de 1979 tínhamos apenas uma idéia na cabeça: a formação em Jornalismo. Na primeira aula de Teoria da Comunicação, um professor com formação em Arquitetura traçou um quadro tão tenebroso para o exercicio da profissão, que desisti. Resolvi apostar no que sempre ouvira desde criança: que eu tinha bom texto, era criativa e sabia desenhar! Três qualidades que poderiam fazer de mim uma publicitária.

          Publicitária sem nunca ter efetivamente exercido a profissão (embora por várias vezes reconheça sua presença em algumas atividades que desenvolvo) desde a experiência como estagiária, trilhamos o caminho do Jornalismo. Nas voltas que o mundo dá, e negando a visão limitada do professor arquiteto, a trajetória profissonal desenvolvida desde então só tem demonstrado as possibilidades que a Ciência da Comunicação nos proporciona: de assessora de comunicação, com forte atuação em Relações Públicas interna no Serpro (até 1989) à pesquisadora em Comunicação e Transferência de Tecnologias na Embrapa Rondônia (desde 1989).
           Esta atuação profissional na Embrapa nos aproximou do mundo rural e tornou mais clara a importância da comunicação da ciência, ao cursar o mestrado em Extensão Rural (UFV - 2000). Mas o jornalismo, não saiu de mim. Assim, em 2010, 28 anos após a primeira graduação, concluimos, pela UNIRON (Porto Velho, RO) a segunda habilitação em Comunicação Social, desta vez o Jornalismo. A especialização em Jornalismo Científico, iniciada simultaneamente com o final da graduação em Jornalismo, foi quase uma consequência lógica das inquietações surgidas nestes anos de atuação profissional em uma instituição de pesquisa agropecuária.
          Assim, impulsionada pela sede de conhecimento e pela vontade de, por meio da pesquisa em comunicação, buscar soluções para problemas identificados nessa área, temos experimentado as possibilidades de, pela interação comunicação e educação, atuar no campo da divulgação científica, que passamos a denominar educomunicação científica. Da experiência em buscar alternativas de comunicação com produtores rurais, na maioria das vezes não letrados, foi que ingressamos no caminho da educomunicação e nele temos nos dedicado a estudar a produção de informação para popularizar ciência, não só pela via midiatica, mas também em atividades grupais comunitárias.
          Neste trabalho, quando colocamos como problema de pesquisa a questão “como?” interagiram os atores sociais na produção de informação para divulgar resultados de pesquisas que são soluções tecnológicas para problemas ambientais, não construimos hipóteses, porque como membro da equipe do projeto que deu origem à questão, não fizemos registros pontuais da interação ocorrida no momento do contrato de comunicação. Mas as respostas obtidas são reveladoras de pequenos tesouros.
          Sempre trabalhamos na perspectiva dialógica de Paulo Freire e, ao nos propormos responder a questão problema sob a ótica da interação discursiva, da análise do discurso, mergulhamos em mares nunca dantes navegado: o Dialogismo de Bakhtin. Um desafio e tanto para uma cabocla nascida às margens do Rio Amazonas, no Amapá, mas que nunca aprendeu a nadar, mas nem por isso deixa de ensaiar mergulhos.
          Espero que, ao mergulhar na leitura deste trabalho, os leitores encontrem alguns tesouros que os mares sempre nos oferecem.
Vânia Beatriz

PS: Quando a versão final da monografia estiver disponivel, colocarei o link aqui.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que me lembro do GFM

Estudei no Ginásio Feminino de Macapá GFM, no período de 1971 a 1974. Antes Escola Doméstica, hoje Escola Santina Rioli, somam-se 60 anos de história que neste dia 30 de setembro é comemorado com muitas atividades. Achei que conseguiria listar 60 lembranças do meu tempo de estudante do GFM, mas só consegui a metade!

1- Eu lembro que não me lembro do meu primeiro dia de aula;
2- Da Profa. Maria do Céu, nos fazendo aprender de cor e recitar o poema Navio Negreiro, coisa que eu sei até hoje;
3- Da profa. Corila, considerada muito brava e o terrível apelido de Gorila. Professora, também era bulygnada; rs
4- Dos ensaios e apresentação da peça, A Revolta dos Brinquedos, grupo de teatro dirigido pela irmã Elvira Buyatti;
5- Da Cleocinei, a colega que fazia o papel de bruxinha, que tinha um nódulo próximo ao olho;

6- Do presente que ganhei da professora de Técnicas de Enfermagem. Ela me tirou no amigo secreto e me deu um estojinho com escova, pente e espelho cor de rosa. Era uma novidade, não vendia em Macapá. Fiquei fascinada e envaidecida com o presente que causou inveja nas colegas;
7- Do cheiro das árvores de eucalipto do quintal da escola;
8- Da imagem de Nossa Senhora Menina na capela da escola. A imagem me impressionava pelos olhos que pareciam ser de verdade, e pelo fio dourado das vestes brancas;
9- Da apresentação teatralizada da Profa. Lucimar Brabo Alves nos ensinando a usar o verbo querer: eu quisera ser Rui Barbosa!
10- Do meu grupo de estudos: Sônia, Marlene, Helenilda Torres, Rosilene e Janete Silva;

11- Da Irmã Carmem, toda assanhada: - nosso marido chegou! dizia ela, pra avisar p/ a profa. Romana que o marido dela chegara;
12- Do alvoroço que causava nas meninas, quando meu primo Eden Martins, passava montado na motocicleta da PM!
13- Da Ofélia Anaice a loira que encarnou a Boneca na peça A Revolta dos Brinquedos;
14- Da caderneta, com as notas escritas em tinta azul e vermelha;
15- Das aulas de artes domésticas: corte costura. Posso não saber costurar, mas sei como se faz!

16- Da aula de culinária, aprendi a fazer torta de coco;
17- Na aula de pintura em vidro me sai melhor. Fiz uma linda pintura num vidro que seria o fundo de uma bandeja. Empolgada, levei para finalizar em casa e deixei cair pela fresta, foi parar debaixo do assoalho;
18- Do uniforme de blusa branca, saia caqui pregueadas, suadeira, gravatinha, e meia no meio da canela.
19- Do quarto ano, o primeiro no turno noturno e a preocupação das Irmãs, que iam nos buscar na porta do circo na Pça. da Conceição;
20- Da aula de educação física e o ensaio da dança do coco;

21- Do piquenique que fazíamos no quintal do Ginásio, o cardápio era donzela e guaraná;

22- Das aulas de bordado. Logo vi que não levava muito jeito pra coisa.
23- Dos livros que usávamos, emprestados do primo Tinto (Vasco);
24- D. Dona Maria, a tacacazeira da esquina;
25- Da Margarida, que num dia de fúria foi dar sopapos numa menina lá fora!

26- Da curiosidade que tínhamos, sobre a parte do colégio, que era a moradia das irmãs; território proibido. E cheiro de cebola, que vinha da cozinha e chegava aos corredores da escola;
27- De uma colega que morava na Vila das Oliveiras, naquela época o lugar mais longe do meu mundo;
28- Da Georgeth Borges, que enrolava as meias e o cós da saia, contrariando irmã Elvira, a Diretora. Um dia foi com a meia cortada na altura do tornozelo, pegou suspensão.
29- Do dia em que jogando queimada, sem querer, quase arranco o turbante da Irmã Odete;
30- Da solenidade de formatura, sem pompas, sem convites e festas cheias de quinquilharias das festas atuais. A única coisa que me faz falta é uma foto em que estejam: Carmem Silvia, Edileuza, Eliana de Nazaré, Helenilda Torres, Luna, Elizete Façanha, Raimundinha, Socorro, Zuleide e as irmãs Raimunda e Sebastiana Gaia; Carmem Luiza e Ma. da Conceição da Luz; Nira e Reni, e eu e minha irmã Rosany, as ginasianas que fizeram parte da minha história com o GFM , nos anos 70.