quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vale a pena ler de novo (?)

Texto postado há exatos 3 anos, na Edicula Habitável

Bia e amiga Naty e eu lendo meu livro, enquanto espero
Fui no dia 02/07 ao show da dupla Victor & Léo. Eu nunca antes tinha ido a um show de uma dupla new sertaneja. Pelo menos não assim deliberadamente, no ano passado fui vender cachorro-quente numa promoção da minha turma da Faculdade no show de uma dupla, que até hoje tenho dúvidas se era Edson & Hudson, ou Batatinha & Cebolinha.

Se eu desafiar a minha memória, talvez seja capaz de enumerar os shows que eu já fui em toda a minha vida. Desde Rita Pavone, na mais tenra infância à Alcione, o mais recente show que fui deliberadamente, há no mínimo três anos, não devem passar de 3 dezenas.

A primeira vez que vi/ouvi a dupla Victor & Leo, não foi cantando, mas sendo entrevistados no Programa do Jô, e eu gostei da história de vida deles, engraçados, ri muito. Em dezembro do ano passado quando entrei numa loja de discos, estava sendo exibido o DVD deles, a música me atraiu, na hora decidi me dar o DVD de presente de Natal;

Há uns 4 meses, quando anunciaram que eles fariam show em PVH, sem muita convicção, falei que iria, embora me questionasse: eu não vou de camarote, não vou querer ficar na histeria coletiva no meio do povão. Ficar vendo de longe? Não seria melhor estar comodamente deitada na minha rede, os vendo no DVD???

Se eu não for, como saber? Fui. O show estava marcado para as 20hs com término às 23h (expresso no ingresso). E só começou a meia-noite e terminou 1h depois. Ou seja, exploda-se se haviam muitos idosos e crianças, esperando desde antes das 20hs.

Enfrentamos (eu e minha filha) uma fila enorme para entrar. Enquanto esperava o show começar, fiquei sentada no balcão de uma das barracas que seria de venda de alimentos/bebidas, mas que não estava sendo utilizada, e li quase todo o livro "Música seus usos e recursos", que trata do poder da música e o papel que ela já tem e que pode vir a desempenhar na vida de todos.

Por vezes tirava o olho do livro para observar o entorno: havia muita gente feia e mal-vestida. Um casal com um bebê no colo, o que leva umas criaturas a levar um bebê para um lugar desses?
          Ao meu lado um casal, resolveu passar o tempo de espera comendo, foram três cachorros-quentes e muitos refrigerantes. Com medo de perder o lugar, não arredei pé do balcão, sem falar que os preços eram aviltantes: R$ 10 pelo estacionamento, R$ 3,00 por uma garrafinha de água mineral.
          Do outro lado, outro casal, a mulher sentou e ele ficou em pé. Ofereci espaço para sentar-se, fazendo menção de recolher a bolsa e os sapatos que eu propositadamente espalhara do meu lado pra ocupar o lugar. O homem agradeceu dizendo que estar ali era castigo, e como tal deveria ficar em pé para o castigo ser maior. Ele que a toda hora consultava um aparelho eletrônico, que não sei se era um celular ultra-potente ou se uma TV portátil, mas no qual ele verificava quantas andava o jogo do Fluminense x LDU.
          As 22:30 h, um show de forró cheio de coreografias começou num salão ao lado, uma zona de sons vindo do palco e do outro ambiente. De longe eu só pensava: - se esse show começou agora significa que o outro não começa tão cedo. Os boatos que corriam era que a dupla estava fazendo show no município de Ariquemes.
          Finalmente o show começou , cansada e chateada com a falta de respeito ( nenhum pedido de desculpas pelo atraso), não me empolguei, não me emocionei. E o pior de tudo foi na saída, ver uma moça, se estrebuchando jogada no gramado, não sei se era um ataque epilético, ou uma overdose, sei que a cena foi terrível, uma amiga desesperada chorava, algumas pessoas tentando ajudar, muitas apenas curiosando, nenhuma ambulância ( não deveria ser obrigatória num evento desses que levou certamente mais de mil pessoas para o local?) e um tumulto danado na saída, que até para socorrer a pobre moça num carro comum estava difícil.




Moral da história: está por nascer a dupla new-sertaneja, que me faça sair da minha casa para ir assisti a um show.

2 comentários:

  1. Como diz a nossa amada mãe: "Boa romaria faz, quem na sua casa tá em paz!"
    Eu detesto aglomeração, então eu passo longe de eventos desse tipo.Bjs mana!

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  2. Boa, também faço minha, suas palavras. Um abraço

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