domingo, 27 de fevereiro de 2011

Deus , manda é lá em cima

     Hoje é o 30º. Dia de falecimento de meu pai e o 51º. Aniversário de nascimento de namorido . Celebração de morte e vida.
    
     No domingo anterior à morte de meu pai, fui à missa na Igreja N.Sa. de Fátima em Macapá com minha amiga Luz Marina. Ela foi à secretaria solicitar que a missa fosse em intenção do aniversário de morte do pai dela o Sr. Luiz e pela saúde de meu pai que seria operado naquela última semana de janeiro. Foi muito estranho ouvir o nome do meu pai ser anunciado nas intenções da missa, e 10 dias depois , novamente anunciada a intenção de 7o. dia.

     Só hoje pude abraçar o amigo Hugo Grangeiro, que há 20 dias perdeu seu único filho, Rodrigo, que se foi com a juventude de seus 21 anos recém-completados. Confesso que estava apreensiva, o que dizer àquele pai ???

     Não disse nada apenas dei um longo abraço. Depois, o ouvi falar de sua dor. Ele nos emocionou contando uma bela experiência de comunicação com o filho, dois dias após seu desencarne, em Brasília.

     No que pareceu ser um sonho, Rodrigo lhe fez compreender onde estava e satisfez a sua curiosidade em saber como fora o momento da passagem. Ele mesmo experimentou a mesma sensação de solidão e abandono, repassando toda sua vida em segundos, julgou que também tivesse morrido. Dias depois, de Fortaleza, onde mora sua mãe, Hugo recebeu o recado de um vidente : que ele acreditasse no sonho e desistisse de fazer o que estava pensando, pois se o fizesse nunca mais veria ao filho.

     Apesar disso, o amigo diz não acredita mais em Deus “... na hora que eu tanto pedi não me ouviu”, disse ele, que se sente aborrecido com pessoas que tentam lhe consolar dizendo que “... foi da vontade de Deus”. E argumentou: - “Deus manda é lá em cima” aqui em baixo quem matou meu filho foi uma doença.

     Continuei a sem ter o que dizer. Mais tarde na missa , rezei pela alma de meu pai e de Rodrigo e pelo amigo Hugo, que este encontre sentido no salmo do dia:

“— Só em Deus a minha alma tem repouso,/ só ele é meu rochedo e salvação. “ (Salmo 61)













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