sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Só na vontade

Em dia de Crônica do Porto, resgatei este texto que foi publicado originalmente no Mulltiply , em 2004 talvez. Ainda hj quando revejo estas fotos, me bate arrependimento de não ter tido uma atitude que pudesse mudar o rumo dessa história.
Ficou a lição: não deixe para nunca mais o que você pode fazer agora.




“Na porta de uma Livraria Paulinas, uma cena me comoveu: do lado de dentro crianças de uma escola particular faziam compras, animadas por um palhaço e uma pessoa fantasiada de bruxa - esta uma estratégia de marketing meio estranha ;-( .
(Ou será que a Xuxa já consegui fazer com que as crianças não tenham mais medo de bruxa?)

Enfim, a livraria promovia a venda de livros infantis , na Semana do Dia da Criança. Do lado de fora, pela porta envidraçada, uma pobre garotinha , estava de olho comprido na festa, para a qual não foi convidada.

Assinale a alternativa correta:
a) Abri a porta e disse que ela podia entrar;
b) Comprei um livro e dei para ela;
c) Apenas fotografei a cena;


Eu poderia ter adotado as três alternativas do item anterior, mas escudada pela desculpa da pressa , apenas fotografei e segui em frente. Refletindo sobre a cena, acabei transferindo para outros a responsabilidade de fazer alguma coisa.

Alternativas possíveis, se a solidariedade, a caridade fossem práticas mais comuns:

- As professoras estimulariam as crianças da escola Pleno Êxito a se cotizar e comprar um livro para a pobrezinha, sem muitas chances de êxito pleno;

- O pessoal da livraria convidaria a criança a entrar, mesmo não sendo ela uma consumidora em potencial. Talvez nem soubesse ler, nem quisesse livro, mas a festa e os brindes distribuídos pelo palhaço;"

Um comentário:

  1. Eita que você tá com todo gás. Boa! Continue firme e forte, que eu estarei sempre aqui pra espiar.
    Quanto a menina da vidraça,acho que ela só queria a festa e os brindes mesmo. E o fato me fez lembrar da "feirinha de olhos azuis" que não percebeu a vontade de uma outra menina de participar da peça teatral. Será que esta menina, hoje, seria uma atriz global? Beijos mana!

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