terça-feira, 19 de abril de 2011

De trem para a Serra do Navio

     A primeira viagem de trem a gente nunca esquece? Provavelmente não. A minha foi de Macapá para a Serra do Navio. O ano, eu não sei precisar, mas viajamos num vagão considerado de “1ª.classe”, destinado as autoridades, rol no qual meu tio Everaldo Vasconcelos, o comissário de policia na Serra se incluía. Na semana anterior, o vagão havia sido colocado em funcionamento especialmente para a visita de um Ministro, não recordo de qual pasta. Lembro que o estofado era azul claro, e que os comentários que se fazia é que era um luxo!

     Da Serra mesmo, eu só lembro de minhas andanças com a prima Araguacy. Eles moravam na Vila Intermediária, que como próprio nome diz, ficava no meio, nem era a moradia dos “piões” nem as do staff da companhia de mineração (ICOMI). O melhor, eram os dias em que eu a acompanhava para as aulas de canto-coral, foi ali, de tanto ouvir a repetição,que aprendi de cor a música de Dorival Caymmi, Marina Morena .
     Saudosa de minha experiência como coralista do SESI (sob a regência da Profa. Ruth) eu adorava ficar ouvindo as musicas, mas minha prima detestava, só ia porque era obrigada. Desde aquela época ela já não era muito chegada aos estudos, cheia de presepadas ela dizia zombeteira: - quando me falam em estudar, já começa a me dar coceiras, meu corpo começa a empolar, me dá alergias!
    
     Da viagem de trem, além da história do vagão do Ministro, me ficou a imagem , das pessoas na soleira das ´portas acenando à passagem do trem. Que me inspirou um poeminha:

     Só voltei mais uma vez à Serra do Navio, a convite de minha prima, para passar um Carnaval. Mas essa é outra história...
Música também era o passatempo de meus primos. Eram quatro rapazes, todos cabeludos como era a moda da época. Passávamos horas canforando a s canções da jovem guarda , uma delas que me ficou , foi Tony Tornado cantando na BR-3.

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