sexta-feira, 15 de abril de 2011

Era uma vez uma capela - IV

EVENTOS NA CAPELINHA
    
     Casamentos, batizados e primeira comunhão são eventos realizados na capelinha que marcaram a vida de algumas pessoas. A cerimônia de casamento militar envolve um ritual em que os militares vestem traje de gala e a entrada na igreja se dá sob um cruzamento de espadas, o que torna a cerimônia mais emocionante.
     Militares e civis celebraram bodas na capela, a exemplo do atual Senador Moreira Mendes , que em primeiras núpcias uniu-se a Maria Helena Erse, filha de tradicional família da sociedade local. E uma das filhas do governador Humberto da Silva Guedes (1975-1979).
     Em 1976, o tenente José Eledi Menegás e a professora Enaura Pinheiro, teriam sido o primeiro casal a realizar matrimônio na capela. A devoção a São Francisco de Assis e o bucolismo da paisagem, foram os motivos da escolha da capela , pelas noivas.
     Ieda Márcia e Júlio de Marco casaram-se em 28 de novembro de 1981. A escolha do local foi ideia de Ieda , favorecida pelo fato de ter uma irmã casada com um militar. Segundo ela, naquela época a área do 5º. Bec era tida como um cartão postal da cidade e a capelinha evocava esse clima de beleza, tanto que ela marcou o casamento para as 17h30 imaginando sua saída da igreja com o sol declinando no horizontes

Imagem cedida pela Sra. Cilene , de seu casamento com Sérvio, em 1979.
     A história de Augusta Cilene Bezerra Soares, tem uma semelhança com a de Ieda. Ela também morava na vila Militar na casa de uma irmã quando conheceu , numa festa do Clube dos oficiais do BEC ( Baile dos Médicos) , o engenheiro Sérvio Ferreira Soares, com quem casou no dia 11 de novembro de 1979. O casal tem três filhos.
     Também foi a beleza da capela e seu entorno que motivou Cilene, “... eu achava aquilo ali a coisa mais linda do mundo, coisa mesmo feita por Deus”. Ela considera a possibilidade de comemorar suas Bodas de Pérola (30 anos) na mesma capelinha. Sua filha Carina , de 25 anos, também admite que gostaria de casar com toda a tradição e se possível na mesma capela onde os pais casaram.

A Igreja hoje (2009)


     Ligada à Diocese Militar em Brasília, a capela está sob a responsabilidade do Capelão Frei Eduardo, que celebra missa todos os sábados as 19h30 . Uma vez por mês (na 3ª. sexta-feira) é celebrada uma missa pela manhã, quando os militares comparecem fardados. Embora seja uma pequena comunidade, os partcipantes delam fazem uma celebração animada , cantos acompanhados por violão, e uma entusiasmada acolhida , aos visitantes como esta repórter , que lá compareceu numa celebração de um sábado a noite.
     Nesta Porto Velho que se transforma, e os espigões já aparecem ao fundo da paisagem, essa acolhida ainda pode favorecer a realização dos sonhos de alguma noiva interessada em fazer um casamento com poucos convidados e em estilo campestre.
     “ ...é capela militar mas conforme a disponibilidade e bons argumentos a igreja pode celebrar casamento de civis” disse o capelão, abrindo assim a possibilidade para que sonhos como o de Carina, venham a ser realizado, sob as bênçãos de São Francisco de Assis.

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