domingo, 11 de setembro de 2011

Recife: duas décadas antes

          Meu coração andou por Recife, no período de 1ª 7 de setembro 2011, para participar de dois eventos o I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudantes de Educomunicação e do XXXIV Congresso Intercom .

Fonte: http://alineberto1.blogspot.com
      A primeira vez que fui a Recife já não sei dizer em que ano foi, mas com certeza foi na década de 80. Eu trabalhava no SERPRO em Belém. O presidente da empresa, estava fazendo reunião em todas as regionais, mas não sei porque, resolveu não vir mais ao Norte e pediu que a assessora de Comunicação da 2ª. URO fosse ao Nordeste. Foi uma viagem vapt-vupt.
          Lembro que cheguei no inicio da tarde e fui para uma pousada no bairro Casa Amarela. Depois de descontar o sono atrasado da madrugada fui à procura de um salão e sofri nas mãos de um cabeleireiro tentando escovar meus cabelos não relaxados.
          No dia seguinte passei o dia em reunião no SERPRO, em companhia da Márcia Aciolly que era a assessora da 4ª. URO . As demais lembranças são vagas:
Foto: Pedro Valadares. Fonte: Flick
          Não lembro porque mudei da pousada para um hotel em Olinda, onde já cheguei a noite. Nem se fui mesmo comer tapioca na praça que alguém (quem, meu Deus?) convidou. Mas lembro que no dia seguinte ao descer para o café da manhã, vi o mar pela janela do hotel.
          Também lembro que esqueci na pousada um vestido, que eu comprara especialmente para a viagem. Telefonei para lá, mas disseram que o vestido não fora encontrado. Que raiva me deu!
          Em Recife eu não conhecia ninguém, tinha um contato com o Professor Paulo Ponce de Leon Filho, médico veterinário e poeta recifense, com quem eu trocava correspondência, desde que ele me escrevera, em razão de uma reportagem minha que saiu na Revista Tema, publicada pelo Serpro, da qual eu era correspondente. Telefonei mas não consegui marcar uma visita.
          Só viajaria à noite, sai do hotel e fui para o aeroporto onde deixei a mala no malex e, acreditando na recomendação, que para se conhecer uma cidade deve-se visitar uma feira e,ou andar de ônibus; peguei um coletivo. Minha meta era ver o mar.
          Numa época em que não existia notebook, nem google maps, eu não tinha a mínima ideia de que estava muito mais perto do mar do que imaginava. O ônibus rodou pela cidade, entre aquele paredão de concreto de centenas de edifícios. Eu tinha a esperança de que uma hora o ônibus passaria na beira-mar e eu daria o sinal para parar. Mas agora sei que até hoje, nenhum coletivo passa na beira mar!

          Fui parar no centro da cidade. Mal desci e comecei a caminhar por uma rua estreita, três pivetes vieram em minha direção e num sotaque típico da cidade um falou apontando o canivete que tinha na mão: - me dê a bolsa se não lhe furo!

          Fiei-me nas minhas longas pernas e corri, entrei num pequeno comércio, relatei o acontecido ao homem no balcão, ele me recomendou ir embora, dizendo ser mesmo perigoso. Era um pouco mais de 4 horas da tarde. Pequei um táxi e voltei para o aeroporto sem ter visto o mar.

          Mais de 20 anos depois, de volta a Recife , mas essa é outra história. Recife duas décadas antes depois! Aguarde!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por onde andou seu coração?