quarta-feira, 2 de março de 2011

Tempos Modernos

       Uma amiga chegou ontem contando a novidade. Ligara para uma empresa telefônica e fora atendida por um robô. Não, não era aquela coisa de mensagem gravada, do tipo “... se vc. quer informações sobre sua conta , disque 2”, o programa fazia perguntas e se ela não caprichasse no tom de voz da resposta, a voz do outro lado dizia : eu não entendi, repita a sua resposta.

     No início do ano 2000, quando dera por encerrada a missão de cursar Mestrado na Universidade de Viçosa, e me preparava para deixar as Minas Gerais, liguei para o 0800 de uma companhia telefônica.
    
O rapaz que atendeu tinha uma voz tão impostada que por um momento fiquei em dúvida se eu estava falando mesmo com uma pessoa ou se era uma gravação.

Ironica, perguntei: - é um robô que está falando?

Ele negou, mas não mudou nem um pouco o tom de voz. Encerrava cada frase com um “senhora”: - qual seu numero de cliente, senhora?; qual o sobrenome, senhora?; cidade que esta falando, senhora? ...

    
Eu ligara para informar a minha mudança de cidade e que gostaria de receber a última conta no meu endereço de Porto Velho. Ele disse que não seria possível, que o computador não aceitava, que isso caracterizaria mudança de endereço da linha. Expliquei mais uma vez: - já cancelei o contrato do telefone, só quero receber as contas pendentes na minha cidade.

     Como não consegui fazê-lo entender, pedi que me informasse o nome e o endereço do presidente da empresa, pois eu ia escrever para ele. Ai o “robozinho” ficou esperto, pediu um momento, foi não sei onde, mas conseguiu descobrir que o endereço para receber a conta podia ser o da Caixa Postal, 715 em PVH e até na Conchinchina.

Um comentário:

Por onde andou seu coração?