sexta-feira, 1 de abril de 2011

Prá falar a verdade!

Foi aos cinco anos de idade que descobri que existia a mentira. Não, minto! Foi um pouquinho antes, quando minha madrinha prometeu que me daria uma camisola bem bonita se eu largasse o pipo (chupeta). Eu larguei, mas ao invés da camisola prometida, ela me deu foi um quadrinho com uma foto do governador Janary Nunes.
Prá falar a verdade, não era um quadrinho, nem um quadradinho, mas era um redondo (ops!) , ou seja, uma espécie de prato em gesso, cujas bordas eram pintadas por listras multicoloridas e no centro, ou fundo do prato, estava a foto em P&B do então governador. E assim meu presente, que era um objeto de decoração, foi parar num canto no alto da sala de visita, enquanto do outro lado, em porcelana branca e letras em dourado, brilhava outro prato com os dizeres: "Deus proteja esta casa".

Prá falar a verdade , a mentira de minha madrinha, foi uma mentira caridosa, ou uma invencionice, vim a entender muito mais tarde. Ela levara o presente para minha mãe, mas diante da minha cobrança ela resolveu transferi-lo para mim. Imagino até que deu aquela piscadela cumplice para minha mãe, enquanto tentava enganar a bestinha aqui.

Prá falar a verdade, a mentira besta, essa das pegadinhas de primeiro de abril eu a conheci, quando fui prá escola de verdade! Não que a escolinha "particular" da Profa. Elvira fosse de mentira, mas a Escola Santa Bartoloméa Capitânio era de verdade verdadeira, porque me deu a alegria de vestir meu primeiro uniforme escolar. Pois bem, foi lá no pátio, antes do início das aulas, que uma menina, aos meus olhos uma moça veio me dizer: - olha uma barata no teu pé!
Eu olhei claro! e ela soltou a infalível frase: primeiro de abril!! Claro que só ela riu, eu fiquei desapontada, com cara de boba, não achando nenhuma graça na brincadeira. O grande desafio de quem cai numa pegadinha boba dessas é achar outro trouxa para fazer cair também, Mas eu nunca tive coragem de tentar!
Prá falar a verdade, já na adolescência, foi que comecei a exercitar a criatividade, para criar pegadinhas de 1o. de abril. A pior delas, foi ter colocado uma água com espuma de sabão na cuba de gelo, no congelador, parecia uma musse de maracujá! A pobre de minha mãe chegou do trabalho e caiu na arapuca que eu armara para pegar meus irmãos (as).  Quem nunca mentiu que me atire a primeira pedra.
A publicidade mente! Isso minha filha (de verdade) descobriu cedo, aos 6 anos talvez, quando foi lavar um coelhinho de pelúcia manchado de violeta. Antes que eu desse a bronca pelo estrago que ela fizera, ela se desculpou: -ô aluga! Esse OMO nem tira todas as manchas!
A gente mente pra não magoar, magoa pra não mentir. Mente que nem sente!
Prá falar a verdade, até onde eu saiba, somente pai e mãe não mentem, a estes Deus deu o dom da invencionice, um perfeito exemplo disso é o pai da  Cearense da Gema , minha querida filha-torta.
E se a memória não me falha e a mente não me mente, tudo o que contei aqui é verdade. Tai a Zany que não me deixa mentir.............. sozinha! kkkkk

Prá falar a verdade, a foto do janary Nunes foi recortada de imagem publicada no blog do João Lazaro;

Um comentário:

  1. Eu quero saber se a participação frequente no comentários conta ponto extra pra Gincana do Por Onde? Bjs!!

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