domingo, 8 de maio de 2011

Dia de D.Beatriz

        Minha mãe passa seu primeiro Dia das Mães sem a companhia do meu pai ( que morreu em janeiro deste ano) e isso vai ser mais um motivo para ela chorar. No ano passado, eu estava em Macapá nesta data. A Zany estava , como sempre preparando o almoço  e as guloseimas, papai chegou com uma armação em ferro, no formato de um coração, e algumas flores de plástico vermelhas e balões, para que decorassemos.
      Outro chororô é pela minha ausência: dentre os 8 filhos, sou a única que mora longe de Macapá. Queria produzir um texto novo, mas resolvi tentar resgatar de memória um poema que escrevi há muito tempo, mas que continua a refletir tudo o que posso dizer sobre minha mãe.
D. Beatriz , em foto de 29 de abril 2011, em Macapá

Beatriz, Biata , D. Bia, mamma mia

Lembro do tempo da infância
Em que eu cantava a canção
Mãe eu não quero crescer
Pra sempre em teu colo caber
Mas eu cresci ( e como cresci!)
Já não podes me dar colo, só mesmo a tua mão.

Quando em frente ao meu colégio eu te via passar
As minhas colegas eu dizia orgulhosa
Aquela é a minha , mãe, ela está indo estudar!

Depois de um duro dia de trabalho naquele hospital
ias ao colégio (CCA) estudar
Com a certeza de que, para quem tem 8 filhos
Estudar nunca faz mal.

Mãe, enquanto o pai  nos dava o circo, as artes, o riso
tu dás o ralho, o conselho, o exemplo
sempre fostes o esteio, a dona do pedaço
A que costurou nossas roupas, que cobrou os deveres de casa
que alimentou a fantasia do Papai Noel
A que exagerou nos cuidados e nos temores
A que caprichou em dizer NÃO!

E assim tens sido incansável, em cuidar, orientar
Chorar e sobretudo rezar por nós

Por tudo isso, mãe
Tu és a minha heroína ,
e o meu maior orgulho
é trazer no meu, o teu nome Beatriz
A que abençoa, a que torna feliz.

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